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Revista / ESTRELAS

Gênio das pistas, Ayrton Senna ganhou fãs na música, TV, esporte e política

Ayrton Senna protagonizou encontros memoráveis com astros e recebeu declarações de estrelas nacionais e internacionais; relembre

Revista CARAS Publicado em 03/05/2024, às 13h00

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Em 1993, no Japão, Zico e Senna se encontram e trocam presentes: piloto lhe deu um capacete e o atleta retribuiu com uma camiseta - FOTOS: REPRODUÇÃO
Em 1993, no Japão, Zico e Senna se encontram e trocam presentes: piloto lhe deu um capacete e o atleta retribuiu com uma camiseta - FOTOS: REPRODUÇÃO

Era impossível não se render à genialidade de Ayrton Senna (1960–1994) e anônimos e famosos ficavam encantados com os feitos do piloto tanto dentro, quanto fora das pistas. “No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz”, dizia ele, cuja lista de ilustres admiradores é extensa. Vez ou outra, havia até espaço para a tietagem!

Um desses episódios aconteceu na Austrália. Após vencer o GP no país, ele conferiu um show da diva Tina Turner (1939–2023). Ao vê-lo na plateia, a eterna rainha do rock o chamou para subir ao palco. “Sou uma grande fã. Sabem quem é esse? Senna, é claro. O vencedor do Grande Prêmio da Austrália. O melhor”, exaltou ela, entoando na sequência o hit The Best. Na época, o piloto estava acompanhado da namorada, Adriane Galisteu (50). “Eu aprendi a ouvir e admirar a Tina porque o Ayrton a amava. O poder e a força dela é inexplicável. Neste dia, na Austrália, eu tive a chance de abraçar a mulher mais cheirosa que já conheci”, relembrou a apresentadora, anos depois.

O ídolo das pistas também se encontrou com alguns ídolos dos gramados, entre eles, Zico (71) e Pelé (1940 –1922). “O Brasil tem uma tradição muito grande no futebol e nas corridas. No futebol, aliás, é até difícil a gente falar nomes, porque tem uma tradição muito grande. O Zico sempre perseverou e manteve um alto nível, ele conquistou o carinho e a admiração dos fãs que, para nós, esportistas, é importante. E não é algo que todos conseguem, por isso, tenho grande admiração por ele”, exaltou Senna, durante conversa com o ex-jogador, no Japão. “Dá orgulho ir a diferentes lugares do mundo e saber que o Brasil é conhecido através de um esportista como o Senna. E os fatores que levam a isso é a determinação, a gana de vencer, não há tempo ruim com ele”, elogiou Zico.

Já com Pelé, o encontro foi breve: em uma boate paulista na chamada Limelight, em 1993. Na ocasião, Senna celebrava sua conquista no GP do Brasil daquele ano e fez questão de convidar o Rei do Futebol para a festa! “Não há dúvida de que o Senna foi um grande atleta, um piloto maravilhoso, que expôs o Brasil em todo o mundo”, chegou a dizer Pelé. “O amor ao que se faz aliado à vontade de vencer lhe dará a real motivação. É necessário arrancar o máximo de si próprio, numa autocobrança constante. É vital implantar dedicação extrema ao preparo físico e psicológico”, refletiu o piloto.

Por falar em rei, o rei das pistas também teve seu momento com o rei da música, Roberto Carlos (82), ao participar do tradicional especial de fim de ano do cantor na TV Globo, em 1988. “Senna no pódio, uma cena indescritível. Obrigado meu irmão, o Brasil inteiro te agradece. É um prazer ter você aqui”, disse Roberto, enquanto pilotava seu Escort XR3 conversível branco e dava uma carona para o piloto! “Eu me lembro dos seus filmes, de suas corridas, de suas carangas... você realmente gosta de corrida, de velocidade?”, questionou o  ídolo. “Gosto! Nos filmes, eu acelero quase tanto quanto você! Aliás, quem deveria estar dirigindo é você, não eu!”, respondeu o cantor. “Na estrada eu prefiro ficar à direita e com motorista!”, rebateu Senna.

O universo da Fórmula 1 rendeu bons e fiéis amigos a Senna, em especial, aqueles que o acompanharam e transmitiram suas conquistas: jornalistas, comentaristas e locutores. Responsável por narrar inúmeras vitórias do piloto, Galvão Bueno (73) se tornou uma das pessoas mais próximas do tricampeão mundial. “Ele era o brasileiro que dava certo no País em que tudo dava errado!”, definiu o narrador, cheio de histórias com o piloto. “Eu e o Ayrton fazíamos sacanagem um contra o outro. Uma vez, íamos embarcar em Miami e ele colocou um cadeado no passador da minha calça. Como eu ia passar no detector de metais? Os caras me levaram para uma sala, eu tive que tirar a calça e eles tiveram que quebrar os cadeados para que eu pudesse em barcar”, relembrou ele, que acompanhou de perto todo drama e comoção diante morte do ídolo, em Ímola, na Itália, em 1994.

Assim como Galvão, o comentarista Reginaldo Leme (76) era figura constante na vida profissional de Senna. “Quando conheci o Ayrton, realmente tive a sensação de que estava de frente com um futuro campeão. Isso até me arrepia. E ele mesmo jamais teve dúvida de que seria um dos maiores nomes da Fórmula 1”, recordou Reginaldo.

Os bastidores da política também tiveram a honra de receber Senna, que recentemente foi declarado Patrono do Esporte Brasileiro pela lei 14.559/2023. “Recebi Ayrton Senna, o nosso inesquecível tricampeão mundial de Fórmula 1, em duas oportunidades, ambas no Palácio do Planalto. A primeira, em 1990, quando conversamos no gabinete e participamos de uma solenidade pré-natalina; a segunda, em fevereiro de 1992, quando o condecorei por tudo o que já representava para o nosso País”, elencou o ex--presidente do Brasil Fernando Collor de Mello (74).  

FOTOS: REPRODUÇÃO